Quatro anos volvidos sobre esse
duplamente memorável domingo de Outubro de 2009, em que pela primeira vez corri
pela equipa Porto Runners e em que baixei
dos 43 minutos nos 10km, é chegada a hora de agradecer a todos quantos ao longo
destes quatro anos me acolheram nessa grandiosa agremiação que dá pelo nome de
Porto Runners – Clube de Corrida.
Com aquela camisola registei
memoráveis momentos, como sejam uma maratona corrida nos antípodas, a minha
estreia no trail, ou as inúmeras excursões desportivo-gastronómico-culturais nas
quais, com amigos do nosso e de outros clubes, participei no mais variado tipo
de provas em diferentes cantos deste país; não esquecendo ainda um punhado de
incursões além fronteira para correr outras tantas maratonas.
Trata-se de um clube competentemente
presidido pelo Fernando Leite, a quem deixo uma palavra especial de
agradecimento, e que, diga-se em abono da verdade, cumpre plenamente os objectivos
inscritos no regulamento interno, dos quais destaco o da promoção da corrida enquanto parte de um estilo de vida saudável,
fisicamente activo e mentalmente são.
Todavia, um clube único no
panorama nacional, uma referência incontornável do maratonismo amador, com
cerca de 300 associados e perto de duas centenas de maratonistas, e que pode,
sem qualquer favor, ser mesmo considerado um caso de estudo, tem já a
responsabilidade de ser muito mais do que apenas um grupo de amigos que se junta
para correr.
Um clube que tem, entre os seus
associados, profissionais das mais variadíssimas áreas, que possui know-how, orçamento e dimensão
consideráveis poderia e deveria apresentar um conjunto de iniciativas que tornassem
o clube mais atractivo para os seus associados. Se calhar o problema reside em
mim, que à medida que vou ficando cada vez mais veterano gosto de acreditar que
me vou tornando mais tolerante mas, paradoxalmente, vejo-me mais inflexível. Creio,
todavia, que apenas exijo a cada um de acordo com as suas capacidades.
Na verdade, desde a primeira hora
que registei o orgulho de fazer parte deste grupo de amigos como única vantagem
em pertencer aos PR, porquanto a minha logística profissional e familiar não me
permite integrar os treinos dos PR – quer se trate dos regulares quer dos
extraordinários, que por azar meu, normalmente coincidem com alguma prova no
Grande Porto.
Como toda a gente, tenho os meus
gostos pessoais, as minhas crenças e as minhas ideologias; que vivo por vezes
de forma enérgica, mas que necessitam ser manifestamente intensas para me
fazerem militar numa qualquer fileira.
Saio apenas de associado, agradecendo tudo aquilo que os Porto
Runners me proporcionaram, mas não vou a lado nenhum; estarei sempre por aqui ...
a correr ao vosso lado.
If a plant cannot live according to its nature,
it dies; and so a man.
Henry David Thoreau