Aproxima-se Junho e, à semelhança dos anos anteriores, o Parque da Cidade começa a parecer-se com um campo de concentração: corta-se acessos, levanta-se barreiras e mais barreiras, repara-se pisos e bermas que estão ao abandono durante o resto do ano enquanto Sucupira e o seu Coronel se preparam uma vez mais para brincar aos carrinhos no Circuito da Boabosta (em 2008, o lixo deixado nas ruas perpetuou-se por 3 semanas)
Atingi hoje, após um treino desgastante de 19 km debaixo de um calor infernal, a barreira dos 1000 quilómetros corridos – entre treinos e provas – no ano de 2009; e uma vez mais me revolto contra a política de fachada, que tem dinheiro para brincar aos carrinhos, mas que não o tem para implantar um bebedouro que seja ao longo da totalidade dos 12 kms de linha de costa que entre a rotunda do Camaroeiro e a outra do Freixo recebem milhares de portuenses que aos longo de todo o ano e de toda a semana se passeiam, correm, caminham, patinam, pedalam, pescam ou simplesmente pasmam nesta bela marginal.